Olá, caros visitantes do The Book Is On The Table! Tudo bem com vocês? Hoje, eu vim falar de um dos livros mais famosos de todos os tempos, por isso, esse post pode ser um pouco polêmico. Acredite, minha opinião não é das mais populares. Antes de mais nada, gostaria de dizer que isso não é um resumo, e dar o nosso conhecido alerta de spoiler, claro. Sem mais enrolação, vamos começar!
Ficha técnica:
Nome: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Autor: Machado de Assis
Editora: Ciranda Cultural
Número de páginas: 192 páginas
Preço na Amazon em livro físico: R$ 14,01
Preço na Amazon em e-book: R$ 1,99
Sinopse: Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Com essas palavras, o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas resume a sua vida. O tom assumido na obra, bem como as técnicas empregadas na composição romanesca, são alguns dos fatores que justificam o lugar de Machado de Assis entre os maiores escritores do século XIX. Neste romance repleto de digressões filosóficas, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, que, como defunto autor, narra as suas desventuras e revela as contradições da sociedade brasileira do século XIX, por meio de uma análise aprofundada de seus personagens.
Por onde começo a falar desse livro? Bom, todos sabemos que se trata de um clássico da literatura brasileira, escrito por um dos autores mais famosos da língua portuguesa, e isso é inegável. Já foi usado em muitos vestibulares, como a Fuvest, por exemplo, exame de admissão para a Universidade de São Paulo (USP). Por isso, é um livro muito importante para nossa cultura. Mas nenhum desses fatos fez com que eu gostasse desse livro.
A dedicatória me chamou muito a atenção. Eu realmente pensei que iria gostar desse livro. Mas ele fala basicamente da vida de Brás Cubas, e a vida dele não poderia ser mais entediante. Não é o fato de ser uma espécie de biografia que me incomoda, mas sim que a vida dele é muito sem-graça. Nada de interessante acontece. Nenhuma expectativa é criada. Não tem emoção, não tem sentimento.
Brás Cubas, o personagem principal, não é uma boa pessoa, então não consegui criar nenhuma empatia com ele. Dessa forma, nada do que acontecia me empolgava, já que eu nunca torcia por ele. Na verdade, depois de um tempo, comecei a torcer contra o personagem. Queria que o caso dele fosse descoberto.
Há pessoas que dizem que, por se tratar uma obra realista, não devemos esperar grandes acontecimentos. Mas até a vida das pessoas ao meu redor tem eventos mais interessantes, ao meu ver.
Quando começava a misturar filosofia com realidade, eu ficava irritada. Já não sabia mais do que ele estava falando, e precisava ler algumas vezes até entender, ou simplesmente desistia e continuava. Talvez seja um defeito meu, mas não sei se é ou não. Acho que o autor deve sempre prezar pelo entendimento por parte do leitor.
E essa falta de entendimento não foi só porque se trata de um livro antigo, mas sim pelo vocabulário excessivamente complexo e as divagações aleatórias. Eu li A Volta ao Mundo em 80 dias, que também é um livro antigo, e isso não me incomodou. Eu amei a obra de Júlio Verne.
Talvez, o que mais tenha estragado Memórias Póstumas de Brás Cubas, para mim, tenha sido a expectativa, por ser um clássico, por ser de Machado de Assis, por falarem tantas e tantas vezes o quanto era uma obra-prima da nossa língua.
Outra coisa que me incomodou foi a insistência em destacar que uma das personagens era coxa, ou seja, manca, e que por isso ele não casaria com ela. Eu sei que, para a época, esse pensamento era comum, mas não consigo passar pano para tanto capacitismo. Ele literalmente não se casou com ela por causa da deficiência dela.
Por que eu não falo de uma vez que achei o livro ruim? Porque o objetivo de qualquer livro é entreter as pessoas, e eu sei que muita gente gostou, por isso ele não pode ser totalmente ruim. O que eu falo é que eu detestei, me incomodou, eu não vou ler de novo.
Ah, e eu só não desisti no meio da leitura porque era um livro para uma prova da escola. Caso contrário, eu teria parado antes da metade, com certeza.
E você, já leu esse livro? O que achou? Me conta!
Espero que tenha gostado do post. Até a próxima e um beijão.
Isadora Cavalcante
Eu, particularmente, também não gostei do livro, pelos mesmos fatos. Ele não se importa muito com o entendimento do leitor sobre os acontecimentos, além de usar a língua portuguesa sem a clareza necessária e ele não se mostra uma boa
pessoa em nenhum momento, o que faz eu não ter empatia com o protagonista.
É o que sempre falo, não podemos gostar ou desgostar sem conhecer. Você leu o livro todo e tem seus argumentos para falar que não gostou. Eu também não gostei. Gosto não se discute, se argumenta e se respeita.